Dezembro verde: Diga NÃO ao abandono e maus-tratos aos animais
17 de dezembro de 2024
17 de dezembro de 2024
2 de abril de 2024
No mês de abril, é importante destacar a relevância da prevenção contra a crueldade e os maus-tratos aos animais. Essa é uma temática que merece nossa atenção e conscientização constante, visando garantir o bem-estar e a proteção dos animais em nossa sociedade.
Falar sobre a prevenção contra a crueldade animal é fundamental porque nos permite conscientizar a população sobre a importância de tratar os animais com dignidade e compaixão. Muitas vezes, os animais são vítimas de maus-tratos, abandono e violência, o que causa um imenso sofrimento físico e emocional para eles.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR) abraça a causa da prevenção contra a crueldade animal, buscando promover a conscientização da população sobre a importância do respeito e cuidado com os animais.
É importante ressaltar que a prevenção contra a crueldade animal não se restringe apenas aos profissionais da área veterinária, mas é uma responsabilidade de todos. Cada indivíduo pode contribuir para essa causa, adotando uma postura de respeito e denunciando qualquer forma de maus-tratos que presenciar, permitindo que esses casos sejam investigados e os responsáveis sejam responsabilizados.
Portanto, neste mês de abril, vamos unir esforços e promover a conscientização sobre a prevenção contra a crueldade animal. Cuidar e proteger os animais é um ato de amor e compaixão que reflete a nossa humanidade e a construção de uma sociedade mais justa e empática. Juntos, podemos fazer a diferença!
7 de maio de 2023
O total de animais de estimação nos lares brasileiros já chega a 149,6 milhões, de acordo com o censo feito pelo Instituto Pet Brasil (IPB), em 2021. Os cães são maioria, 58,1 milhões, seguidos das aves canoras (41 milhões); dos 27,1 milhões de gatos; dos peixes ornamentais (20,8 milhões); e dos pequenos répteis e mamíferos, 2,5 milhões. Esses números colocam o Brasil no terceiro lugar no ranking de animais domiciliados.
Apesar do aumento da presença dos pets no ambiente familiar, o volume de animais abandonados cresce a cada ano. Segundo levantamento do mesmo instituto, o país tem quase 185 mil animais abandonados ou resgatados após maus-tratos que estão sob tutela de Organizações Não Governamentais (ONGs) ou de grupo de protetores, sendo 96% cães (177.562) e 4% gatos (7.398).
De acordo com o estudo feito pelo IPB com 400 ONGs, cerca de 60% desses animais foram vítimas de maus-tratos, enquanto 40% foram encontrados em situação de abandono. O Conselho Federal de Medicina Veterinária, por meio da Resolução CFMV nº 1.236/2018, descreve como maus-tratos qualquer ato, direto ou indireto, comissivo ou omissivo, que intencionalmente ou por negligência, imperícia ou imprudência provoque dor ou sofrimento desnecessários aos animais.
Privação de bem-estar, lesões físicas, desnutrição ou obesidade, espaços em condições precárias de higiene, abandono e alterações comportamentais, como agressividade e depressão, configuram atos de maus-tratos contra os animais.
Para a médica-veterinária e psicóloga Mariângela Souza, presidente da Comissão Estadual de Médicos-Veterinários de ONGs do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), as ações das autoridades para combater a crueldade animal ainda são pouco efetivas.
“É preciso identificar e combater, com rapidez e com rigor, práticas de abuso, agressão, negligência e crueldade dirigidos aos animais, por meio de leis específicas e de políticas públicas assertivas por parte das autoridades. É uma questão fundamental e prioritária de saúde única”, afirma a médica-veterinária.
Médico-veterinário e zootecnista
No combate aos maus-tratos aos animais, médicos-veterinários e zootecnistas exercem papel essencial. Cabe aos profissionais, diante de evidência de crueldade e abuso, registrar a constatação ou suspeita em prontuário médico, parecer ou relatório, que deverá ser encaminhado à delegacia de polícia ou às autoridades especializadas em meio ambiente ou defesa animal.
A Resolução CFMV nº 1.236/2018 estabelece que uma cópia do documento seja encaminhada também ao Conselho Regional de Medicina Veterinária ao qual o profissional está inscrito, para que sejam adotadas as medidas cabíveis junto aos órgãos competentes, como o Ministério Público.
Nesse sentido, o médico-veterinário pode atuar também como perito em colaboração com policiais, juízes, promotores, advogados, profissionais de saúde pública e de meio ambiente, com a realização de análises técnicas, laudos, pareceres e perícias relacionados à saúde e ao bem-estar animal.
As evidências coletadas podem ajudar na investigação e em um eventual processo judicial. Com base no laudo ou parecer técnico elaborado pelo médico-veterinário, as autoridades podem tomar as medidas necessárias para proteger o animal e punir os responsáveis pelos maus-tratos, inclusive com a perda da guarda, a aplicação de multas ou a prisão do agressor.
“A atuação do médico-veterinário perito em casos de maus-tratos é importante não só para garantir a proteção dos animais, mas também para conscientizar a população sobre a importância do respeito aos direitos dos animais”, ressalta o médico-veterinário Sérvio Reis, presidente da Comissão Nacional de Medicina Veterinária Legal (CONMVL/CFMV).
Reis destaca, ainda, que os médicos-veterinários desempenham função importante na prevenção de futuros casos de crueldade a animais por meio da educação, do aconselhamento, do monitoramento e da intervenção em casos de emergência.
Animais como sentinelas de violência doméstica
A ocorrência de caso de maus-tratos a animais nem sempre é apenas um fato isolado. Quando um cão ou um gato de estimação sofrem agressão, abuso ou são negligenciados, por exemplo, isso pode ser indicativo de que alguém que more na mesma casa esteja sendo vítima de violência doméstica. Ou seja, os animais atuam como sentinelas.
Essa correlação pode ser explicada pela Teoria do Elo ou Ciclo da Violência, a qual estabelece que, em um ambiente doméstico, uma pessoa agressiva ameaça, maltrata e trata com violência os membros mais vulneráveis, ou com menor capacidade de defesa, como crianças, jovens, mulheres, idosos e animais.
Mariângela defende que a agressão contra o animal é apenas a ponta do iceberg. “Muitas vezes, o que vem a público são os maus-tratos aos animais, situação identificada pelo médico-veterinário em sua prática profissional, mas podemos dizer que sinalizam, em um nível mais profundo, outras situações de abuso e violência familiar dirigidos às pessoas.”
A médica-veterinária e psicóloga explica que a agressão pessoal não é, apenas ou necessariamente, física, causando sofrimento psicológico, inclusive em razão do abuso e da violência impostos aos animais de estimação, que costumam ocorrer como estratégia do agressor para criar um ambiente de medo e submissão, em uma demonstração de poder e controle.
Para romper com o ciclo da violência no contexto da Teoria do Elo, o médico-veterinário e o zootecnista podem atuar como agentes de transformação social. “Eles contribuem para a redução da violência não só contra os animais, mas também contra as pessoas mais vulneráveis”, assinala.
Contudo, ao identificar a conexão com a Teoria do Elo, a médica-veterinária e psicóloga alerta: “Não é conveniente que o médico-veterinário atue diretamente, opinando ou estimulando o cliente a denunciar o agressor. É recomendado que ele oriente a procurar o apoio de profissional capacitado, como um psicólogo, advogado, médico ou assistente social”.
Como denunciar maus-tratos
Maltratar animais é crime e está previsto na Lei nº 9.605/1998, que estabelece sanções penais e administrativas para agressores, além de detenção de três meses a um ano, e multa. No caso de maus-tratos a cães e gatos, especificamente, a Lei nº 14.064/2020, ou Lei Sansão, prevê pena de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição da guarda.
Qualquer cidadão pode denunciar atos de maus-tratos a animais às autoridades competentes.
Saiba como:
Ou fazer a denúncia virtualmente na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – (95) 4009-9400, 0800 61 8080, pelo e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br.
Mais informações disponíveis aqui.
23 de maio de 2022
O Vice-Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR), José Kleber Oliveira de Farias e o Assessor Técnico de Fiscalização Marco Glaucio Coutinho se encontraram com o Secretário Estadual de Segurança Pública, Coronel Edison Prola com o objetivo de seguir o cronograma de reuniões para discutir e articular esforços em buscar juntos a solução nas questões relacionadas à maus-tratos aos animais.
Para o Vice-Presidente, a iniciativa do Conselho em solicitar as reuniões e obter a parceria da secretaria de segurança pública neste trabalho é de extrema importância. “Infelizmente, em nossa Capital, temos um grande número de animais abandonados e que consequentemente são vítimas de maus-tratos, devido a isso, queremos trabalhar juntos com outros órgãos competentes para colaborar em diminuir o índice de abandono, maus-tratos e prevenir outros atos que atentem contra a saúde e a vida animal”, argumentou José Kleber
José Kleber explanou os problemas listados que o Conselho enfrenta e, dentre eles, alertou para a necessidade de uma Perícia Veterinária atuando junto com as Instituições para a produção da prova material por meio de laudos técnicos. “ As reuniões para definirmos e elaborarmos ações eficazes continuarão, pois queremos dar a nossa contribuição neste caso que afeta não só aos animais, mas como toda a população”, enfatizou.
Edison Prola entende a importância de buscar políticas públicas de segurança em prol do bem-estar animal e se coloca à disposição para trabalhar em conjunto ao combate aos maus-tratos. “Queremos unir forças e ter essa troca de informações com o Conselho e para isso teremos a colaboração das Instituições de Segurança Pública de Roraima através da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e levar esse trabalho a todos os operadores de segurança pública tanto da Capital como do Interior para que possamos juntos definir diretrizes nesse combate aos maus-tratos aos animais”, reforçou
Considerando que os animais têm capacidade de sentir, a Lei 5.517/68, artigo 5º, alínea g, que dispõe sobre o exercício da profissão, estabelece que é competência privativa do Médico-Veterinário a peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais. O Médico-Veterinário tem papel fundamental na interação humano, animal e meio ambiente, por ser capaz de identificar a ligação entre os maus-tratos aos animais e a violência interpessoal e pode assim desempenhar um papel relevante no diagnóstico de maus-tratos, abuso e crueldade contra os animais.
O CRMV-RR ressalta ainda a importância da população denunciar esses casos oficialmente aos órgãos competentes. O Conselho disponibiliza em seu site https://www.crmvrr.org.br/
Segue os telefones que podem ser realizadas as denúncias:
Disque Denúncia – 0800-95-1000
Polícia Militar 190 ou (95) 3224-6575
Polícia Civil – 181 ou (95) 4009- 4462
Polícia Militar Ambiental (CIPA) – 190
Ou fazer a denúncia virtualmente na Delegacia de Proteção ao Meio
Ambiente: https://delegaciavirtual.
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – (95) 4009-9400
Ministério Público de Roraima – (95) 3621-2900
Assessoria de Comunicação do CRMV/RR
15 de maio de 2022
O Vice-Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR), José Kleber Oliveira de Farias e o Assessor Técnico de Fiscalização Marco Glaucio Coutinho se encontraram na última segunda-feira (9) com o Promotor Zedequias de Oliveira Júnior, da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente para discutir as atuações em conjunto nas questões relacionadas à maus-tratos aos animais.
Tendo em vista o extenso número de animais abandonados nas ruas da cidade que são vítimas frequentes de maus-tratos e denúncias recebidas na Autarquia, a diretoria do CRMV/RR teve a iniciativa de solicitar a reunião com o objetivo de discutir e buscar juntos a solução do problema neste sentido no Estado.
José Kleber explanou os problemas listados que o Conselho enfrenta e, dentre eles, alertou para a necessidade de uma Perícia Veterinária atuando junto com os órgãos competentes para a produção da prova material por meio de laudos técnicos. “Sabemos que o Médico-Veterinário tem papel fundamental na interação humano, animal e meio ambiente, por ser capaz de identificar a ligação entre os maus-tratos aos animais e a violência interpessoal e pode assim desempenhar um papel relevante no diagnóstico de maus-tratos, abuso e crueldade contra os animais”, evidenciou.
Considerando que os animais tem capacidade de sentir, a Lei 5.517/68, artigo 5º, alínea g, que dispõe sobre o exercício da profissão, estabelece que é competência privativa do Médico-Veterinário a peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais.
O promotor Zedequias que já trabalha em prol do bem-estar animal se colocou totalmente à disposição para colaborar e afirmou que de início precisa-se trabalhar a educação preventiva com a sociedade. “Todos os órgãos competentes sinalizam o interesse e a importância de se trabalhar nessa questão com Campanhas educativas para orientar a sociedade e órgãos sobre o que caracteriza maus-tratos, penalidades e medidas a serem tomadas com relação à denúncias”, destacou.
Zedequias enfatizou ainda que há necessidade de toda a sociedade se envolver e conhecer mais a fundo sobre as questões de maus-tratos porque além de ser um crime com penalidade é ao mesmo mesmo tempo infração administrativa. “A pessoa que pratica casos de maus-tratos pode ser penalizada e hoje temos uma preocupação em fazer com que condutas como essas sejam evitadas e as que são praticadas sejam devidamente reprimidas, por isso o apoio das instituições é extremamente válido nesse processo, mas não esquecendo do papel da sociedade que tem a responsabilidade de fazer com que o bem-estar do animal seja uma efetividade”.
Para o Vice-Presidente, a reunião com a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente foi imprescindível para dar prosseguimento ao trabalho em conjunto no combate aos maus-tratos aos animais. “Já temos agendado reuniões com outros órgãos competentes que podem ingressar nessa luta. Sabemos que temos muito trabalho a realizar, mas o importante é começar e tenho certeza de que com a união de todos conseguiremos combater esses atos em nosso Estado, pois juntos sempre seremos mais fortes”, concluiu o Vice-Presidente.
O CRMV-RR ressalta ainda a importância da população em denunciar esses casos oficialmente aos órgãos competentes. O Conselho disponibiliza em seu site https://www.crmvrr.org.br/denuncias/ formulários que orientam nesse processo, e pede que seja feito Boletim de Ocorrência.
Segue os telefones que podem ser realizadas as denúncias:
Disque Denúncia – 0800-95-1000
Polícia Militar 190 ou (95) 3224-6575
Polícia Cívil – 181 ou (95) 4009- 4462
Polícia Militar Ambiental (CIPA) – 190
Ou fazer a denúncia virtualmente na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – (95) 4009-9400
Ministério Público de Roraima – (95) 3621-2900
Assessoria de Comunicação do CRMV/RR
12 de julho de 2021
O Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV-RR), José Ricardo Soares da Silva esteve, na última terça-feira (06), na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente em reunião com a Delegada Elisa Reis de Mendonça e com a Advogada e Presidente da Comissão Especial de Proteção aos Direitos Animais (CEPDA- OAB/RR), Otacília Carolina Gomes Brito.
O encontro teve como objetivo o estreitamento entre as instituições e o fortalecimento da parceria para coibir e apurar crimes de maus-tratos.
Para o Presidente do CRMV-RR, José Ricardo essa parceria será fundamental na resolução dos crimes. “É dever do CRMV-RR assegurar o exercício profissional de excelência e proteger a sociedade por meio da orientação e fiscalização para promoção da saúde pública, do meio ambiente e bem-estar animal. E o papel do Médico-Veterinário é fundamental na elaboração dos laudos para apuração de possíveis crimes de maus-tratos, para isso, disponibilizaremos um checklist com a definição de maus-tratos e também um passo a passo sobre como reconhecer quando um animal está em situação de maus-tratos”.
A presidente da CEPDA-OAB/RR, Otacília Brito indagou a relevância da junção de várias áreas do poder público para que seja juntado fatores de áreas diferentes. “Com essas parcerias podemos garantir o bom funcionamento das atividades e colaborar em proteger os animais contra os crimes de maus-tratos. Inclusive, em breve, disponibilizaremos uma cartilha de cuidado com os animais para orientar a sociedade sobre o que caracteriza maus-tratos, como proteger os animais e como denunciar”.
A Delegada Elisa Reis se mostrou disponível para trabalhar em junção a favor dos animais e revelou que essas ações têm se mostrado um dos grandes pontos positivos para o trabalho do dia a dia. “Inclusive peço à sociedade que se houver denúncia de maus-tratos aos animais que realize o Boletim de Ocorrência de forma virtual, para chegar ao nosso conhecimento de forma mais rápida, pelo site:
https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/.”
A denúncia é um ato de cidadania, e com ela você pode salvar a vida de muitos animais, já que estes seres não podem se defender sozinhos e precisam do apoio de pessoas conscientes para fazer valer seus direitos.
Assessoria de Comunicação do CRMV-RR