É com grande honra que, como presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR), me dirijo a todos vocês para expressar meus mais sinceros parabéns e gratidão neste dia especial, 09 de setembro, para celebrar o Dia do Médico Veterinário. Esta data é um momento de reconhecimento e homenagem a cada profissional pelo esforço e paixão à saúde, bem-estar dos animais, à preservação da vida selvagem e à segurança alimentar da população.
Nossa profissão desempenha um papel fundamental na sociedade, garantindo a saúde e a qualidade de vida dos animais de estimação, dos animais de produção e da fauna silvestre. Somos guardiões do equilíbrio entre os seres humanos e o reino animal, e nosso compromisso com o cuidado, a ética e o conhecimento científico é inabalável.
Em Roraima, nossa comunidade de Médicos-Veterinários tem se destacado não apenas pelo seu comprometimento, mas também pela capacidade de superar desafios e contribuir para o desenvolvimento da medicina veterinária em nosso Estado. Neste Dia do Médico-Veterinário, gostaria de expressar minha gratidão a todos vocês por seu trabalho incansável e dedicação.
Lembrem-se sempre de que somos parte de uma profissão nobre, que tem um impacto profundo na saúde pública e no meio ambiente. Continuemos a promover a educação, a pesquisa e o atendimento de qualidade, cumprindo nossa missão de cuidar dos animais e de toda a sociedade.
Que este Dia do Médico-Veterinário seja uma oportunidade de celebrar nossas conquistas e renovar nosso compromisso com a excelência em nossa profissão. Parabéns a todos os Médicos-Veterinários de Roraima e dizer que o CRMV/RR é a sua Casa e estamos sempre de portas abertas para recebê-los e contribuir cada vez mais para o fortalecimento da nossa classe.
Quem se lembra do médico-veterinário quando está saboreando uma refeição? E quem sabe que médicos-veterinários são fundamentais para negócios como granjas, frigoríficos, entrepostos, queijarias e toda a indústria de produtos de origem animal? Poucas pessoas fazem essa associação e muitas relacionam esse profissional apenas ao cuidado com cães e gatos.
Para mostrar à sociedade a amplitude do trabalho desenvolvido pelos profissionais e homenagear os médicos-veterinários pelo seu dia, celebrado em 9 de setembro, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (Sistema CFMV/CRMVs) lançam a campanha nacional “Medicina Veterinária: é ciência, é medicina, é agro, é única e vai além”.
O objetivo é mostrar as diversas áreas em que os profissionais estão inseridos e que pouca gente conhece. A campanha ainda reforça o slogan“Médico-veterinário. Médico com V de Vida”, que vem sendo trabalhado desde 2021, para reforçar o conceito de saúde única, ou seja, a conexão entre as saúdes ambiental, animal e humana.
O Brasil conta com quase 240 mil médicos-veterinários, dos quais 182,3 mil estão em atuação. Tradicionalmente, esses profissionais são conhecidos por tratar da saúde dos animais, mas realizam um trabalho que vai muito além desse cuidado.
Eles estão em mais de 80 áreas de atuação, como: inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, nas perícias médico-veterinárias e em ensino e pesquisa em todo o país. Também cuidam da prevenção de zoonoses, doenças transmitidas de animais para seres humanos, da produção de remédios e vacinas e do meio ambiente, entre tantas outras atividades.
História e ensino
Há 90 anos, em 9 de setembro de 1933, o Decreto nº 23.133 efetivou a primeira regulamentação da Medicina Veterinária no Brasil. Pela primeira vez, foram determinados as condições e os campos de atuação para o exercício da Medicina Veterinária. Por isso, a data de publicação do decreto marca o Dia do Médico-Veterinário no Brasil.
Além disso, logo em seu artigo 1º, determina que o padrão do ensino da Medicina Veterinária no Brasil seguirá o da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária do Ministério da Agricultura. “Esperava-se que os cursos a serem criados deveriam seguir essa escola padrão, mas temos percebido uma decadência no ensino. E esse tem sido nosso trabalho, visando ao ensino de qualidade, condenando a criação de cursos sem qualidade e rejeitando o EaD para a Medicina Veterinária”, destaca o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.
Cronograma
No ar a partir do dia 4 de setembro, a campanha será veiculada nos meses de setembro e outubro nas plataformas digitais do Sistema CFMV/CRMVs; na TV aberta e fechada, rádios, aeroportos, jornais e sites em todo o Brasil com informações que destacam como o médico-veterinário atua de forma integrada às demais áreas da saúde para a garantia da saúde única.
“É importante que isso fique claro e que a sociedade entenda que o médico-veterinário é um médico que vai além, porque ele tem o “‘V’ de Vida” e cuida também da prevenção de doenças transmitidas de animais para pessoas, da produção de remédios e vacinas, do meio ambiente, bem como da segurança dos alimentos de origem animal que chegam à mesa do consumidor, além de estarem presentes em mais outras dezenas de áreas”, assinala o presidente do CFMV.
A campanha é comemorativa pelo Dia do Médico-Veterinário, celebrado em 9 de setembro, mas o conceito extrapola a data, uma vez que os profissionais estão presentes diariamente no cotidiano da população. A partir de 4 setembro, a campanha poderá ser vista nas redes sociais do CFMV e dos CRMVs; em outdoors nas capitais e na rádio CBN.
No sábado (9), a campanha será veiculada nas versões impressas e on-line da Folha de S.Paulo e do Estadão, principais jornais de circulação nacional do país; na TV Globo; no Canal Rural; na Globo News; e no Terra Viva. Na TV, a campanha será exibida durante todo o mês de setembro. Haverá, ainda, veiculação de mídia nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, principais polos de embarque e desembarque de voos nacionais e internacionais do país.
Ação Especial
Profissional mais de casa que o médico-veterinário não tem. Por essa razão, o Sistema CFMV/CRMVs vai realizar uma ação especial no programa É de Casa, da Rede Globo, no dia 9 de setembro, reforçando que o médico-veterinário vai além do cuidado com a saúde dos animais e está presente no dia a dia de toda a população brasileira e que isso, muitas vezes, passa despercebido. Na sequência, haverá exibição do filme da campanha no intervalo comercial.
O conteúdo vai destacar a essencialidade do médico-veterinário na qualidade do alimento de origem animal que é consumido pelas famílias brasileiras; as importantes pesquisas em que esses profissionais estão e estiveram envolvidos, a exemplo dos soros hiperimunes contra a covid-19, e como o trabalho dos médicos-veterinários colabora com a prevenção e redução na transmissão de doenças zoonóticas, que passam dos animais para as pessoas. Todas as peças da campanha “Médico-Veterinário. Médico com V de Vida” estão disponíveis no hotsite: https://www.cfmv.gov.br/dia-do-medico-veterinario-2023/.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV-RR) renegocia dívidas dos Médicos-Veterinários, Zootecnistas e empresários filiados.
Ao realizar um acordo com o CRMV-RR, além de ficar em dia com o Conselho, evita-se a inscrição do débito em Dívida Ativa, protesto do título junto ao Cartório e posterior ação de execução fiscal.
Quem porventura não efetuou algum pagamento anterior ainda pode ficar em dia com o CRMV-RR e, assim, colaborar para o fortalecimento das classes. O departamento financeiro do CRMV/RR está empreendendo esforços para a regularização de débitos anteriores, oferecendo possibilidades de renegociação de dívidas mais antigas de forma a contribuir para que profissionais estejam em dia com a autarquia.
Um Conselho profissional forte é uma profissão protegida. Isso porque, o trabalho de orientação e fiscalização desenvolvido pelo Sistema CFMV/CRMVs tem por objetivo garantir que profissionais, especialmente quando em contato com a sociedade exerçam suas atividades com rigor ético, protegendo a toda a população de pessoas que exerçam ilegalmente as profissões oferecendo incontáveis riscos.
Ganha a classe trabalhadora, ganha a sociedade. Conselhos estruturados, com capacidade de ação, são importantes para a qualidade da atuação e da formação profissional e para a inserção da Medicina Veterinária e da Zootecnia nas pautas sociais. Nesse sentido, buscamos a melhor eficiência no uso dos recursos para manutenção e aprimoramento das atividades de orientação, fiscalização, diálogos com a categoria e com a sociedade.
Para saber mais e tirar dúvidas sobre anuidades e renegociação de dívidas, estamos à disposição pelos canais:
A discussão e encaminhamentos de questões administrativas e afins do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR) mobilizaram a Diretoria Executiva e Conselheiros que estiveram reunidos, na noite desta quarta-feira (30/08), na 407°Sessão Plenária Ordinária do Regional.
Um dos destaques do encontro foi a constituição de Comissões Assessoras que tem a finalidade de auxiliar tecnicamente a diretoria executiva e o plenário do CRMV-RS na tomada de decisões quanto a temas importantes. Seis comissões foram criadas e aprovadas em plenária conforme a necessidade. São elas:
-Comissão Regional de Bem-Estar Animal
-Comissão Regional de Tecnologia e Higiene Alimentar
-Comissão Regional de Saúde Única
-Comissão Regional de Educação na Medicina Veterinária
-Comissão Regional de Animais Selvagens
-Comissão Regional de Ensino da Zootecnia
Outro ponto de pauta foi sobre a confecção de uniformes para os colaboradores da autarquia. De acordo com presidente o uso de uniformes mostra um diferente nível de organização e seriedade. Além de criar uma identidade única para o Sistema CFMV/CRMVs. “Essa comunicação padronizada faz com que as estratégias de comunicação e marketing sejam muito mais fáceis de serem executadas. Sem contar que a padronização contribui para a organização de equipes e times dentro e fora da instituição”, enfatizou.
A plenária definiu ainda a participação do Regional na 3ª Câmara Nacional dos Presidentes de 2023 que será realizada na cidade de São Paulo entre os dias 28 e 29 de setembro e do 1º Encontro de Vice-Presidentes e Secretários-Gerais organizado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária realizada no dia 27/09/2023.
Foram analisados processos de natureza administrativa como Transferências recebidas, anotações de eventos registrados, renovações e delegado dois processos éticos ao relator.
Na noite da última quinta-feira (24), o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima (CRMV/RR), Fábio Souza apresentou a palestra: “Ação do Sistema CFMV/CRMVs na atuação dos profissionais e empresas”, em aula magna para alunos ingressantes do curso de Medicina Veterinária da Unama Boa Vista.
Durante a apresentação da palestra, Fábio reiterou que a aproximação entre o Conselho e as instituições de ensino superior abre caminhos para uma série de benefícios mútuos. “Em primeiro lugar, essa colaboração fortalece a formação acadêmica dos estudantes de medicina veterinária, permitindo que estejam alinhados com as demandas do mercado e preparados para os desafios contemporâneos”.
“A medicina veterinária e a zootecnia são áreas dinâmicas, impulsionadas por avanços científicos, tecnológicos e mudanças nas práticas de cuidados com os animais. Nesse contexto, a formação dos futuros profissionais dessas áreas desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade dos serviços prestados e na proteção da saúde pública e animal”, enfatizou o presidente do CRMV/RR.
Fábio incentivou os alunos a participarem mais efetivamente das decisões políticas do futuro da medicina veterinária. “O profissional não pode se omitir, precisamos que se envolvam nas decisões do Sistema CFMV/CRMVS. Em vista disso, nosso Conselho está de portas abertas para recebê-los”, concluiu.
A diretora da Faculdade da Amazônia Unama Boa Vista, Karina Straioto deu as boas-vindas aos alunos e mostrou a importância da aula magna. Também a Conselheira Suplente do CRMV/RR Yarima Garcia palestrou sobre o tema: “Teias Interprofissionais na Medicina Veterinária: Cuidando em Conjunto pelo Bem do Paciente”.
De forma a fortalecer a compreensão sobre as resoluções publicadas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um grupo de profissionais uniu-se para dar forma à versão comentada da Resolução nº 1.275/2019, que conceitua e estabelece condições para o funcionamento dos estabelecimentos médico-veterinários de atendimento a animais de estimação de pequeno porte e dá outras providências.
A motivação para a elaboração do texto comentado foram as dúvidas sobre a resolução surgidas nos treinamentos realizados, em 2022, para os fiscais do Sistema CFMV/CRMVs, conforme explica Igor Andrade, coordenador do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR).
“Apesar de ter sido publicada há quase quatro anos, percebemos que a versão comentada seria útil para facilitar a interpretação da norma pelos fiscais, além de ajudar os médicos-veterinários e empresários a terem uma estrutura adequada em seus estabelecimentos”, comenta.
Resoluções passarão a ganhar versão comentada
Andrade é presidente do Grupo de Trabalho de Fiscalização, instituído em 2021 visando modernizar e aprimorar o planejamento da atividade pelos regionais. Seus integrantes se encarregaram da versão comentada da resolução, contando com a contribuição do diretor jurídico do CFMV, Cyrlston Valentino, e do assessor técnico Fernando Zacchi, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), bem como dos regionais do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Esta é a segunda resolução do CFMV que ganha versão comentada. A primeira foi a Resolução nº 1.475/2022, que trata de inscrição, movimentação e cancelamento de profissionais; cadastro, registro, movimentação, cancelamento e suspensão de estabelecimentos e equiparados no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs.
“O Ministério da Agricultura e Pecuária já faz isso com suas normas, e temos a ideia de fazer a versão comentada de todas as resoluções que o CFMV lançar e que necessitem de um olhar mais cuidadoso”, diz Andrade.
Você sabia que o médico-veterinário é um dos responsáveis pelo sucesso do tratamento por meio da equoterapia? Um profissional cuja atuação é essencial, mas muitas vezes passa despercebido. Ele é o guardião da saúde e bem-estar dos cavalos que operam como verdadeiros parceiros nessa jornada de cura.
Considerado um método terapêutico e educacional, a equoterapia utiliza o cavalo numa abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. O intuito é a busca pelo desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ ou necessidades especiais.
Com conhecimentos especializados em saúde animal, o médico-veterinário assegura que esses animais estejam em condições ideais para cumprir seu papel no tratamento. Esse profissional tem o papel de orientar, informar e ensinar os cuidados básicos de saúde e higiene, por exemplo. Deve também participar do desenvolvimento e acompanhamento do projeto, realizando avaliações frequentes e estabelecendo cuidados higiênico-sanitários.
Lei nº 13.830
A Lei nº 13.830/2019 foi um divisor de águas na história da equoterapia, pois determinou oficialmente o papel do médico-veterinário nessa terapia. À época, o CFMV acompanhou a matéria no Congresso Nacional e atuou para a inclusão do médico-veterinário na equipe multiprofissional de equoterapeutas.
Entre várias questões, a lei destaca que as atividades dos centros de equoterapia dependem de autorização da vigilância sanitária e que os animais devem passar por inspeções veterinárias regularmente.
Além de médico-veterinário, a equipe multidisciplinar é composta por médico, psicólogo, fisioterapeuta e profissional de equitação.
O Dia da Equoterapia, 9 de agosto, foi criado pela Lei nº 12.067, de 29 de outubro de 2009. O objetivo da data é difundir a prática na sociedade.
Na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, celebrada em 10 de agosto, a Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV) esclarece as principais dúvidas sobre a zoonose com impacto na saúde única.
A semana foi instituída pela Lei nº 12.604/2012 e tem o objetivo de incentivar ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate da doença.
Nesse sentido, destaca-se também o Guia de Bolso da Leishmaniose Visceral, uma publicação digital produzida em 2020 pela CNSPV/CFMV. No guia, é possível conferir desde os aspectos epidemiológicos atuais no Brasil e no mundo, passando pela legislação brasileira e os aspectos legais voltados à atuação do médico-veterinário, até diagnóstico, tratamento, controle e prevenção, tanto em animais quanto em humanos.
O que são e quais são os tipos de leishmanioses? As leishmanioses são zoonoses sistêmicas causadas por protozoários do gênero Leishmania. Existem dois tipos: a tegumentar americana, que aflige a pele e as mucosas; e a visceral (calazar), afetando os órgãos internos.
Como é a transmissão da leishmaniose visceral? A leishmaniose visceral (LV) é transmitida por um inseto vetor denominado flebotomíneo, conhecido popularmente como mosquito-palha, cangalha, tatuquira e birigui.
A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da LV. Importante ressaltar que o cão atua como principal reservatório urbano e não como transmissor da doença.
Quais são as principais medidas preventivas? Como o mosquito vetor da LV se reproduz em solo úmido, algumas ações de manejo do ambiente são necessárias: limpeza diária; evitar o acúmulo de matéria orgânica em quintais e terrenos, como folhas, frutas e restos de alimentos; e reduzir as fontes de umidade.
Outras medidas são a instalação de telas de malha fina nos canis e em janelas residenciais em áreas endêmicas, bem como o uso nos cães de coleiras impregnadas com inseticida ou outros produtos veterinários repelentes de flebotomíneos.
E a vacinação? O registro de produtos veterinários, como as vacinas antileishmaniose visceral canina, é de responsabilidade do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Existe tratamento para os animais? Uma vez diagnosticado com LV, o animal poderá ser tratado com medicamentos veterinários registrados no Mapa para esta finalidade.
É proibido o tratamento com produtos para humanos porque isso pode selecionar cepas resistentes do parasito e gerar consequências negativas e irreversíveis para a saúde pública.
A LV é de notificação obrigatória? Sim. A LV é uma doença de notificação obrigatória, prevista na Instrução Normativa Mapa nº 50/2013 e na Portaria de Consolidação nº 4/2017 do Ministério da Saúde, constante da Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública.
Qual é o papel do médico-veterinário? O médico-veterinário possui atuação estratégica para a prevenção e o controle da leishmaniose visceral. O profissional é habilitado e capacitado para poder diagnosticar a doença e prestar a assistência adequada ao animal, além de orientar o tutor. Por isso, é essencial levar os animais periodicamente ao médico-veterinário ou sempre que observar alterações clínicas ou comportamentais.
O Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinário do Estado de Roraima (CRMV/RR), Fábio Souza participou de mais uma etapa da construção do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos do Governo Federal, na última quinta-feira (10/08) em um Seminário on-line.
O evento foi realizado no Dia do Protetor de Animais com objetivo em ouvir os principais especialistas do país, discutir as propostas dos grupos técnicos e as enviadas pela sociedade além de aprender com as boas práticas já existentes e compartilhar conhecimento para avançar na construção do Plano Nacional.
Dezessete Grupos de Trabalho (GTs), compostos em produzir relatórios técnicos para embasar o Governo Federal na discussão do desenvolvimento da nova diretriz em suas inúmeras frentes, apresentaram suas propostas finalizando o documento entregue ao Ministério do Meio Ambiente. Um dos destaques discutidos foram investimentos em castração à complexidade da acumulação animal, presença desordenada de cães e gatos comunitários, enfrentamento de catástrofes, atenção básica em saúde e educação ambiental em guarda responsável.
Iniciativa do Programa
Lançada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Departamento de Proteção Animal (DPA), a iniciativa foi elaborada através dos debates realizados – nos meses de junho e julho – junto à sociedade civil, ao Sistema dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, representantes de governos estaduais e municipais, Judiciário e Ministério Público, além de atores que atuam direta ou indiretamente na proteção animal.
A iniciativa da construção coletiva no fortalecimento e definição de políticas públicas prioritárias do Governo Federal também asseguraram espaço para o Programa de Manejo Populacional de Cães e Gatos na elaboração do Plano Plurianual 2024-2027, por meio de votação popular na plataforma digital Brasil Participativo. Com isso, a partir da aprovação no Congresso Nacional, o Programa será contemplado com recursos do orçamento da União do próximo ano para o desenvolvimento de ações em todo o país. O Programa de Manejo Populacional de Cães e Gatos foi uma das 20 propostas mais votadas.
Suporte Técnico de membros do Sistema CFMV/CRMVs
O Programa Nacional de Manejo Populacional de Cães e Gatos está recebendo contribuições de membros do Sistema CFMV/CRMVs. Médicos-Veterinários ligados aos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária participam das discussões, fornecendo suporte técnico, principalmente para que as futuras diretrizes se alinhem às normativas do conselho.
A colaboração teve início com a participação da Médica-Veterinária Erivânia Camelo, chefe de Gabinete da Presidência do CFMV, na reunião que deu início às discussões. Esse primeiro encontro foi na sede do ministério, em Brasília, no dia 7 de julho. O Médico-Veterinário Leonardo Napoli, presidente do Grupo de Trabalho para a revisão dos Manuais de Responsabilidade Técnica, participou remotamente e também representa o federal na estruturação de propostas, que se ramificaram em 21 temas de grupos de trabalho estruturados sobre três pilares:
Pilar 1: Diretrizes, Planejamento e Formação de Gestores
Pilar 2: Gestão das Populações de Cães e Gatos
Pilar 3: Proteção e Educação para Direitos Animais
Membros do Ministério Público, representantes de universidades, organizações não governamentais e do Poder Judiciário são alguns dos entes que participam das reuniões e de grupos de trabalho para a elaboração do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos. Outros membros do Sistema CFMV/CRMVs, além de Napoli e Erivânia, também estão envolvidos: Laiza Bonela e Paula Helena Santa Rita (respectivamente, presidente e membro da Comissão Nacional de Desastres em Massa Envolvendo Animais); Rosângela Gebara (membro da Comissão Nacional de Bem-Estar Animal); e Fernando Zacchi (membro do Grupo de Trabalho para a revisão dos Manuais de Responsabilidade Técnica). As presidentes do CRMV-ES, Virginia Emerich, e do CRMV-PA, Nazaré Fonseca, entre outros profissionais dos CRMVs, completam o time que contribui para a proposta.
Para Zacchi, essa colaboração fortalece o que diz a Lei nº 5.517/1968, no que diz respeito à finalidade do CFMV de “servir de órgão de consulta dos governos da União, dos estados, dos municípios e dos territórios”. “Essa atuação está alinhada com o que a lei determina e até com normativas do Sistema”, destaca.
Um dos aspectos que vai ao encontro do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos é a reformulação da Resolução nº 962/2010, que normatiza os procedimentos de contracepção de cães e gatos com a finalidade de controle populacional e sempre foi muito questionada devido ao seu rigor. Sua atualização está em curso e a exigência de médico-veterinário responsável técnico segue obrigatória.
Manejo vai além da castração
Dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)revelam que o Brasil possui cerca de 55 milhões de cães e 24 milhões de gatos, o que corresponde a 56% do total de animais de estimação do país. Esses números tendem a crescer e chegar a 100 milhões de animais, até 2030. Abandono, maus-tratos, disseminação de doenças e impactos ao meio ambiente são algumas consequências, caso a população de pets cresça descontroladamente.
O manejo populacional, tema do programa em criação pelo MMA, é um conceito mais amplo do que a castração. Envolve critérios científicos, censo animal, diagnóstico, elaboração de um plano, implementação de leis, combate aos maus-tratos, educação para guarda responsável, identificação do animal, saúde animal, atuação nos desastres em massa e, ainda, como atuar com acumuladores de animais, entre outros aspectos.
A convite do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos dos Animais (DPDA) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Roraima (CRMV/RR), participou do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos com objetivo de debater a elaboração de estratégias para controlar a população de cães e gatos, combater o abandono, maus-tratos, disseminação de doenças e impactos ao meio ambiente.
O Membro da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV/RR, Rodrigo Brasil, representou a autarquia no primeiro dos quatro encontros, que devem culminar numa proposta conjunta de um Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos, inédito no país.
O documento final será apresentado em 31 de julho, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas, num seminário público online, transmitido pela plataforma Zoom. O objetivo do evento gratuito é apresentar os resultados do debate técnico à sociedade e ouvir os principais especialistas para consolidação de um plano nacional.
Para Rodrigo Brasil esse encontro é essencial para garantir uma convivência saudável e harmoniosa entre humanos, animais e meio ambiente. “A superpopulação de cães e gatos pode resultar em uma série de problemas, como o abandono, o aumento de animais de rua, transmissão de doenças e impactos negativos sobre a fauna nativa. É responsabilidade de todos promover ações que contribuam para o bem-estar dos animais e para a construção de uma sociedade mais consciente e compassiva”,revelou.
Durante o evento os participantes tiveram de compartilhar conhecimentos, discutir ideias e contribuir para a construção de ações de um programa Nacional abrangente e eficaz para o controla populacional ético de cães e gatos, bem-estar animal e do equilíbrio ambiental.
Números de cães e gatos no Brasil
Dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) revelam que o Brasil possui cerca de 55 milhões de cães e 24 milhões de gatos, o que corresponde a mais de 56% do total de animais de estimação do país. E esses números tendem a crescer e chegar a 100 milhões de animais até 2030.
Vote na Política Nacional de Controle Populacional de Cães e Gatos para receber o orçamento do Governo Federal
Quer participar? Acesse o link e faça sua inscrição:
Todo esse trabalho está sob a coordenação da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do MMA.
O Governo Federal quer saber as prioridades do povo para o Orçamento Federal, para isso, deu início a uma consulta pública onde a população pode votar (até 14 de julho) e ajudar a definir a alocação de recursos da União. Faça a sua parte! Clique aqui e escolha a Política Nacional de Controle Populacional de Cães e Gatos para receber parte da verba do Governo Federal.